sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Amamentação

Li muito sobre amamentação durante a gravidez. Em livros, sites, revistas. Ouvi muitos conselhos, muitas dicas. Falei muito com a minha médica. Perguntei pras amigas. Pra mãe, pra sogra, cunhadas.
Pois então, achava que sabia TUDO sobre o tema. Puro engano.
Amamentar de fato foi a coisa mais estranha e dolorosa que me aconteceu na vida. No primeiro dia, não senti absolutamente nada, nem no segundo. Com o auxílio das enfermeiras, ele mamava pouco e com pouca força. Mas foi só chegar em casa e meu drama começou. 
De nada adiantou saber tudo sobre o assunto, ter tomado sol nos mamilos, ter passado esponjinha no banho. Usei todos os acessórios disponíveis no mercado: conchas, patches, bico de silicone, bombinha, pomadas. Nada cura, só o tempo. 
Meu mamilo machucou muito, sangrava e nem dava tempo de cicatrizar e lá vinha, duas horas depois, aquela boquinha faminta sugando de novo. Amamentava chorando de dor.
Na primeira consulta depois do parto, o que me aliviou foi ouvir da minha médica que seria assim mesmo durante o primeiro mês, mas que eu aguentasse firme pois iria passar. Foi nesta esperança que me apeguei e tive força pra continuar amamentando, senão teria desistido. "Vai passar" foram as palavras mágicas e eu repetia como um mantra na minha cabeça. Finalmente, depois de muita dor, no segundo mês eu percebi que estava amamentando sem dor. Foi o dia mais feliz desde a descoberta da gravidez e o nascimento do Lorenzo. Um alívio poder alimentar o bebê sem dor, sem sofrer.
Ninguém avisa. As campanhas de amamentação não falam abertamente sobre isso. Por isso tantas mães desistem. A gente tem na cabeça uma idéia cor de rosa sobre a amamentação, mas na vida real é bem diferente.
Graças a Deus persisti e superei essa fase difícil, mas já vi muitas amigas desistirem.
Hoje, dar de mamar é algo extremamente prazeroso pra nós dois. São os momentos mais deliciosos do dia. Ver os olhinhos dele olhando pra mim enquanto mama não tem preço. É realmente inexplicável de tão boa a sensação. Antes pensava em dar de mamar só até os 6 meses e olhe lá. Mas hoje não estipulo data pra terminar. Vou ver até onde vamos.
Então pras amigas que ainda terão essa experiência: Sejam fortes. Dói. Mas passa. E se torna o melhor momento entre vc e seu filho.





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